As minhas bebés fizeram 16 meses. Ora, era a idade (15 quase 16) que a Matilde e o Tomás tinham quando elas nasceram. Estranho? Muito…
Dou por mim a pensar e a comparar situações. Fico baralhada e com mil e uma perguntas a assombrar a minha cabeça.
Penso se estarei a ser má mãe, se lhes dou atenção suficiente, se puxamos por elas o suficiente, se e se …. são muitos os pensamentos, os medos, as angústias, e poucas as certezas.
Tento dar o meu melhor, mas sinto que é difícil, muito difícil e que, muitas vezes, fico frustrada por achar que não consigo dar a atenção que dei ao Tomás e à Matilde e, quando penso nisso, fico triste.
Olho para a MC e MF e são umas bebés, frágeis, inofensivas, meigas e doces. Hoje, que fiz uma verdadeira reflexão, é que me lembro de quando a Matilde entrou no quarto da clínica e olhou para mim: correu e abraçou-me como quem dizia “a mãe está bem, saiu de ao pé de mim a berrar e a chorar com dores e agora está aqui deitada nesta cama que não conheço, já sei onde está e fico mais tranquila” – era isto que aquele abraço e olhar meigo na altura me transmitiu. Penso que era mais crescida, que estas bebés ainda não percebem se vou e se não volto logo, que não notam se estou longe. Já os mais velhos nesta mesma altura sentiam tudo e se ia embora eles ficavam a chorar.
Confusa é como me sinto, muito confusa. E a pensar como posso fazer mais sem tirar nada a ninguém. Agora são quatro a precisar de atenção, na altura eram “apenas” dois e tinham toda a atenção em cima deles.
Claro que as coisas mudaram e que “quatro não são dois”. De facto, por um lado a Matilde e o Tomás requerem muita atenção e pedem muito de nós, e por outro elas acabam por ser tão meigas, estar sempre bem sem birras ou caprichos, o que exige menos atenção.
No entanto, vou pensar como posso fazê-las sentir mais especiais e que tenham mais tempo de qualidade, mas é difícil.
Foi uma reflexão que fiz e que vou continuar a fazer pois, sinceramente, não cheguei a conclusão nenhuma – a não ser que o dia devia ter mais horas e que vou te arranjar forma de dar mais atenção à MC e MF!
Por um lado, quero que elas cresçam como os irmãos (que fiquem como eles eram nesta altura) mas, por outro, quero que continuem a ser as minhas bebés. ❤️
Camisolas | Zippy
12 Comentários
Manuela Costa
oh…já dei por mim a pensar muitas vezes desta forma tive gemeos há 14 meses, já tinha um menino de 4 anos e sim não consigo dar atenção a todos da mesma forma que dava ao primeiro. Mas na verdade só o facto de ter esse pensamento faz de nós umas mães preocupadas em dar o melhor ( isso dito por uma amiga minha:-)
Obrigada por este blog gosto muito de ler os seus POST.
Mariana Seara Cardoso
Obrigada Manuela pelas suas palavras e pela sua força!
Beijinhos
Tânia Franco
Bom dia, Mariana. Apesar de nunca ter comentado aqui, sigo-a com frequência.
Tenho três filhos de 12, 9 e quase 6 anos. Muitas vezes também eu penso que o João, o mais velho, foi privilegiado pois teve acesso a muitas coisas (experiências, visitas, teatrinhos…) que os irmãos não têm, por diversos motivos, inclusive financeiros.
Por outro lado ele foi a cobaia da minha aprendizagem de ser mãe, e essa factura também tem um preço.
Ontem deparei-me com um texto e hoje com o seu post. Penso que responde um pouco às nossas angústias. Permita-me partilhá-lo consigo.
“”Eu sei, seu filho de quase 4 ainda não dorme a noite inteira enquanto o recém nascido da vizinha dorme 12 horas seguidas.
Eu sei, seu bebê não come mais que 3 colheradas da papinha enquanto o filho da cunhada do seu tio come 13 brócolos por dia.
Comparação é o ladrão da felicidade.
Eu sei, você não lava o cabelo direito há 3 dias enquanto a fulana que você segue no Instagram vai para academia, salão, dentista, mercado, e ainda publica dicas sobre moda.
Eu sei, seu bebê ainda não gatinha mas o menino de 8 meses da prima do seu marido já anda, da piruetas e se duvidar já até nada de costas.
Comparação é o ladrão da felicidade.
Eu sei, você mal entra nos seus jeans antigos enquanto a mãe de trigémeos na salinha do pediatra parece ter o rabo mais dura que o seu cotovelo.
Eu sei, você está sempre atrasada, esquecida, cansada. E sua sogra te lembra, mais uma vez, que fazia tudo o que você faz e ainda usava fralda de pano e algodãozinho com água e sabão.
Comparação é o ladrão da felicidade.
Eu sei, você ficou 39 horas em trabalho de parto enquanto a filha da dentista, que nem sabia que estava grávida, foi usar o banheiro e pariu.
Eu sei, seu marido não acorda de madrugada enquanto o marido da enteada do motorista do Uber faz questão de deixar a esposa descansar.
Comparação é o ladrão da felicidade.
Eu sei, você só lembra de descongelar o peito de frango 20 minutos antes do jantar, enquanto a mãe da coleguinha do ballet cozinha cenouras em formato do castelo da Elsa.
Eu sei, você não tem forças para sair de casa no Domingo de manhã enquanto a irmã da sua cunhada leva os filhos na feira, no parque, na praia, na chuva, na rua, na fazenda.
Comparação é o ladrão da felicidade.
Eu sei, você chora no banho com a certeza de que esta fazendo tudo errado, enquanto todas as outras mães citadas acima também choram no banho com a certeza de que estão fazendo tudo errado.
E ainda assim: Comparação é o ladrão da felicidade”
Texto: Rafaela Carvalho
Tudo de bom para a sua maravilhosa família.
Tânia
Xana
Só isto, Mariana: Grande Mãe!!
Beijinho
Mariana Seara Cardoso
<3 <3 Obrigada minha querida!
Teresa
Já a sigo há alguns meses, mas nunca tinha comentado. Hoje faço-o para lhe dar os meus sinceros parabéns! Ser mãe de quatro crianças tão pequenas, manter este blog diariamente e ainda estar em excelente forma física é muito mais do que qualquer outra mulher consegue fazer. Eu tenho apenas um, com 18 meses, e sinto que não lhe dou a atenção suficiente. Penso que é uma preocupação dos tempos modernos, só isso. Continue a ser como é e obrigada pelo exemplo e pela partilha.
Miriam Light
Olá Mariana, há já algum tempo que venho seguindo o seu blog. E, honestamente, faz um trabalho fantástico.
Gostaria de lhe dizer que as crianças são todas diferentes e que mesmo que a MC e a MF tivessem tido todos os estímulos que a Matilde e o Tomás, ainda assim reagiriam de forma diferente.
A minha modesta opinião é que estará a fazer um grande trabalho se estiver presente e os fizer sentirem-se seguros a amados, nesse tempo; se lhes transmitir valores que lhes permitam ser humanos genuínos e felizes, independentemente das fases de bonança ou temporal que atravessam. Para mim é esse o segredo de ser uma boa Mãe.
Beijinho e acredite em si!
Ana Marta Silva Amaro
É verdade que as circunstancias da MC e da MF sao diferentes. Mas note que elas também são diferentes dos manos. São outras meninas. Isso só por si é explicação para se comportarem de forma diferente. Não tente comparar os desenvolvimentos das pequeninas com os grandes. Vão ser obviamente diferentes. E a culpa não é sua 🙂 eles são crianças diferentes. Se por um lado acha que não lhes dá tanta atenção, por outro elas têm o exemplo dos manos mais velhos a seguir o que as ajuda imenso a crescer 😀 a culpa não é sua 😉
Mariana Seara Cardoso
<3 Obrigada minha querida!
Beijinhos
Mariana Seara Cardoso
Obrigada pela força.
Beijinhos e bom Natal!
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