Porque os pais também merecem!

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Existe momento mais feliz que ver um filho nascer?
Ontem à tarde saíram boas notícias para todos os futuros pais! Vão, enfim, poder assistir às cesarianas nos hospitais públicos, conforme despacho publicado ontem em Diário da República.
É sem duvida uma grande conquista, uma alegria para todos os futuros pais, que se deve à petição que reuniu 4000 assinaturas e foi inteligentemente apresentada na Assembleia da República.

O nascimento de um filho é um momento muito forte na vida dos pais, não apenas como pais mas também no que representa para o casal. É talvez uma das maiores manifestações de amor. No nosso caso foi efectivamente memorável, um momento que nunca esqueceremos. Cada aconchego durante o parto, o sentimento de protecção do Pai em todo o processo e as palavras sinceras quando conhecemos os nossos filhos são efectivamente inexplicáveis.

É compreensivo que os médicos e enfermeiros, por motivos lógicos, sejam reticentes em relação à possíbilidade de estar alguém presente no bloco operatório, para além da equipa técnica e respectivo paciente. Mas na realidade não se trata de uma operaçao qualquer, é um momento sagrado,“o momento” mais importante na vida de três pessoas, (ou quatro, ou cinco, seis pessoas… dependendo do número de nascimentos no caso de gémeos). Para além da mãe é o pai que mais sucesso deseja a um parto. Até quando comparado com qualquer equipa técnica.

Há homens que são excelentes pais mas, entretanto, na hora de acompanhar a mãe durante o derradeiro momento, caiem por terra (sentido literal, mesmo!). Tenho um amigo que assistiu a tudo (entre aspas), chegou mesmo a ter o filho ao colo. Sorriu quando o olhou pela primeira vez enternecido, entre médico e enfermeiros que circulavam em seu redor. Devolveu-o à mãe para mais dois segundos de mimo e brilhou enquanto a via a reconfortar o seu primeiro filho. Foi o último momento de que se lembra!!! Partiu a cabeça quando caiu no chão e nesse mesmo dia ainda levou quatro pontos. Imaginem o cenário. Em vez da atenção se concentrar apenas na mãe e no bebé, o pai conseguiu ser também protagonista, mas pelas piores razões.
É realmente um privilégio ter filhos, assistir ao seu nascimento, a todos os segundos da fase final de um sonho que demorou 40 semanas para se tornar real. ( no meu caso 36)
O homem não sente o bebé como a mãe, mas durante toda a gravidez aprende a ama-lo sem o sentir.
Nós tivemos a sorte de estar juntos no nascimento dos nossos quatro filhos e muitas vezes conversamos sobre este tema, sobre o que perde um pai em não estar presente, e a vontade que deve ter em estar…
o momento em que nasce o bebé são apenas segundos até ao primeiro choro, mas é ali que se criam as primeiras e as mais fortes relações entre pais e filhos.

Portugal está de parabéns por esta nova medida! Só espero que os pais pensem sempre 2x antes de avançar para a sala de partos. Se acharem que não estão aptos a algo tão “crú”, tão intensamente real, sejam frontais e assumam-no sem vergonhas. Boa Sorte!

❤️❤️

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