À conversa com Terapeuta do Sono, Mafalda Navarro – 7

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À conversa com Terapeuta do Sono, Mafalda Navarro – 7

Mais uma conversa com a nossa especialista em sono!

O desafio desta vez foi de nos ajudar a perceber qual a melhor altura para os nossos bebés mudarem para o quarto deles.

Gostei muito de ler e de perceber um pouco mais sobre este tema.

Alguma dúvida deixem mensagem que a Mafalda ajuda. 🙂

Beijinhos!

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Quando devem os nossos filhos passar para o quarto deles?

Não existe uma resposta exacta para esta dúvida, que tanto surge em consultas. Não há um dia em que percebemos que tanto o bebé como os pais estão preparados para o fazer. E, em alguns casos, os pais nunca estarão. È sempre mais difícil esta mudança para os pais, que para os filhos. Nós é
que nos culpabilizamos por uma transição que eles nem sentem, se for feita na altura certa.

Do que depende então esta decisão?

Depende de como são as noites. Se o bebé acorda ainda várias vezes pode ser demasiado cansativo para os pais terem que se levantar tantas vezes para o ajudar. É bastante mais prático tê-lo logo ao nosso lado para nem termos que sair da nossa cama. No entanto, existem casos em que é aconselhável que eles mudem para outro quarto mesmo ainda com despertares nocturnos. O facto de não sentirem os pais presentes, de não os verem ou ouvirem, ajuda-os a manter o sono.

No entanto os bebés devem começar a ter um espaço próprio para as sestas e para passar a noite até aos 6 meses. Depois desta idade eles vão já ter mais dificuldade em estar separados dos pais.

Surge então a fase de angustia de separação, própria do desenvolvimento, que os deixa mais desconfortáveis com estas mudanças. Quanto mais tarde for feita esta alteração mais difícil se torna para o próprio bebé. Pois já começa a ter consciência de que os pais não estão por perto, e pode causar-lhe alguma instabilidade emocional. Há bebés que até conseguem fazer várias horas seguidas a dormir durante a noite, no entanto a Organização Mundial de Saúde não recomenda que sejam afastados dos pais neste período antes dos 6 meses por precaução, devido à morte súbita.

Existem vários estudos que comprovam que a proximidade dos pais diminui consideravelmente o risco.

Muitos casais sentem que quando tomam esta atitude estão a abandonar os seus filhos. Embora seja compreensível esta crença não reflete a realidade. Uma criança quando está a dormir não se sente abandonada. Ao estarmos a ensinar os nossos filhos a adormecer sozinhos, sem choro ou agressividade, estamos a ensinar-lhes a ser autónomos e mais confiantes. Estamos então a contribuir para um desenvolvimento saudável. Devemos dar atenção e estar presentes na vida deles noutras alturas do dia, como nas refeições, na hora de brincar ou, também muito importante, na hora de os deitar.

À conversa com o Pediatra Hugo Rodrigues – 3
À conversa com o Pediatra Hugo Rodrigues – 2
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